Marília registrou a 12ª morte por covid em 2024. A nova vítima é uma mulher de 90 anos, com doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus, segundo notificação hospitalar. Ela teria sentido os primeiros sintomas no último dia 26 de março e foi a óbito no dia 4 de abril. A Secretaria Municipal da Saúde lamenta o falecimento da moradora e alerta que a baixa procura pela imunização na cidade pode estar contribuindo para continuidades das mortes.
“A maioria das novas vítimas tem característica de ser idosa e doenças crônicas, e são justamente as pessoas com maior risco de complicações. Elas quase não saem de casa, então é preciso reconhecer que a doença está sendo levada até elas. Por isso, toda população precisa estar em dia com as doses recomendadas, para proteger os vulneráveis”, explicou a enfermeira responsável pelo Programa Municipal de Imunização, Juliana Carvalho Bortoletto Gomes.
A Secretaria Municipal da Saúde de Marília tem um estoque de aproximadamente 1.500 doses distribuídas e disponíveis nas 52 unidades Básicas de Saúde e de Saúde da Família na cidade. “É triste ver essa baixa procura, apesar do esforço para fornecer a vacinação desde o início da pandemia. Além de expor as pessoas mais vulneráveis ao perigo maior, é um dinheiro público que é jogador fora. As doses têm validade e, quando não usadas dentro do prazo, precisam ser descartadas”, disse.
No grupo com 60 anos ou mais, por exemplo, todos os 44.835 moradores nesta faixa-etária deveriam ter recebido a dose de reforço com vacina bivalente contra covid-19. No entanto, cerca de 10% procuraram uma unidade de saúde para se imunizar.
Público-alvo
Atualmente, o Ministério da Saúde estabelece que o público-alvo é formado por idosos com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas. Tais grupos devem receber uma dose de reforço com a vacina bivalente a cada seis meses.
Já o restante deve retomar a vacina anualmente. Entre esses grupos estão pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, pessoas comorbidade, pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua.
2º óbito de meningite
A Vigilância Epidemiológica do Município comunicou que Marília registrou recentemente o 2º óbito de meningite. Trata-se de um paciente do gênero masculino, de 6 anos de idade e, segundo a notificação hospitalar, foi internado em 17 de março de 2024 e evoluiu para óbito em 27 de março de 2024. O Município lamenta essa perda e informa que, assim que houve a internação deste paciente, a Secretaria Municipal da Saúde de Marília promoveu o bloqueio que abrangeu toda a família. A vacina contra meningite meningocócica C integra o calendário e pode ser ofertada às crianças (aos 3 meses, aos 5 meses e aos 12 meses de vida), e aos adolescentes de 11 a 14 anos, a vacina meningocócica ACWY (conjugada). O bloqueio, neste caso, incluiu terapia medicamentosa a todos os que tiveram contatos próximos da vítima. Tais ações, realizadas de forma oportuna, garantem que não ocorram a transmissão da doença, fazendo com que haja a interrupção do ciclo de propagação da doença.