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dom, 21 de Janeiro
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De forma inédita, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) realizou audiência pública para ouvir as principais instituições do país que atuam com o óleo medicinal extraído da planta de cannabis. A Audiência Pública no Superior Tribunal de Justiça foi realizada na última quinta-feira, 25, e presidida pela Ministra Helena Regina Costa que solicitou ouvir pessoas ligadas a causa canábica, e também os contrários a regulamentação, para ter embasamento no julgamento de uma ação que tramita sobre o tema, e que deve ser julgada ainda este semestre.

A vice-presidente da Associação Canábica Maria Flor, Claudia Marin, da cidade de Marília, foi convidada para relatar sua história representando todas as famílias típicas e atípicas, e os 10 mil pacientes da instituição que usam remédio da cannabis. Em um relato emocionante contou a história do seu filho Mateus, com Epilepsia de Difícil Controle (síndrome de West), microdeleção do braço longo do cromossomo 9 e alteração de 26 genes, e como o uso do óleo de maconha medicinal modificou suas vidas: vendo seu filho sorrir pela primeira vez com 10 anos.

“Nada vai voltar atrás, meu filho vai continuar cadeirante, não verbal, tendo alimentação especial mas ele está vivo e todos os dias ligado a mim. Quando nós fizemos o primeiro óleo para o Mateus, pasmem, em quatro dias meu filho parou as crises convulsivas”, lembrou a mãe em lágrimas.

A legitimidade da eficácia do óleo de cannabis foi relatada em seu pronunciamento que além de emocionar, abriu portas para um olhar mais humano sobre o debate, mostrando que além dos números, estatísticas e preconceitos, existem vidas e famílias que precisam e são beneficiadas com o uso da terapia canábica. Segundo seu depoimento, Mateus passou por momentos de 80 crises convulsivas ao dia, hoje com 16 anos ele é uma criança que tem qualidade de vida e não mais necessita de internações. 

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