Publicado em 14/10/2025 – 08:45 – Imagem Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proclamou nesta segunda-feira (13) a “paz no Oriente Médio” após assinar, junto aos líderes do Egito, Catar e Turquia, um acordo para encerrar a guerra em Gaza. O líder norte-americano participou de uma cúpula em Sharm el-Sheikh, no Egito, onde mediadores internacionais assinaram uma declaração que visa garantir o cessar-fogo na região. O chefe da Casa Branca afirmou que “finalmente temos paz no Oriente Médio” e destacou que a negociação foi uma conquista considerada impossível por muitos.
O líder norte-americano, que copresidiu a cúpula com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi, celebrou o fim da guerra e a libertação de 20 reféns israelenses, em troca de 1.968 prisioneiros palestinos. Trump também declarou que o cessar-fogo representava o fim de um “longo pesadelo” para Israel e os palestinos, após anos de intensos conflitos.
Durante a cúpula, que reuniu 31 líderes internacionais, a assinatura do acordo teve como foco não apenas o fim das hostilidades, mas também a libertação de prisioneiros e a remoção de Israel de algumas áreas da Faixa de Gaza. O plano também inclui o desarmamento do Hamas e sua exclusão do governo da região. Embora o premiê israelense Benjamin Netanyahu e o Hamas não tenham participado da reunião, o presidente palestino Mahmoud Abbas esteve presente e apertou a mão de Trump, simbolizando o apoio palestino ao processo.
O plano de Trump prevê a retirada de Israel de partes de Gaza e a libertação dos últimos reféns palestinos em até 72 horas. A troca de prisioneiros gerou cenas de comemoração em Tel Aviv e Ramallah, com a chegada de palestinos libertados, e também em Gaza, onde milhares de pessoas receberam os detentos com bandeiras palestinas e do Hamas.
O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, afirmou que seu país organizará uma conferência sobre a reconstrução de Gaza após o acordo de cessar-fogo e a troca de reféns por prisioneiros palestinos.
“O Egito trabalhará com os Estados Unidos nos próximos dias, em coordenação com parceiros, para estabelecer as bases da reconstrução da Faixa [de Gaza], e temos a intenção de organizar uma conferência sobre recuperação inicial, reconstrução e desenvolvimento”, declarou Sisi.
Desarmamento do Hamas
Com a situação ainda tensa, a segunda fase do acordo deve tratar do desarmamento do Hamas, que controla Gaza desde 2007, e da devolução total dos reféns palestinos. No entanto, um dirigente do Hamas afirmou que essa fase será “difícil” e exige negociações complexas. Além disso, caminhões de ajuda humanitária começaram a entrar em Gaza, oferecendo um alívio para a população local, devastada pela guerra.
O ataque de 7 de outubro, que resultou em 1.219 mortes de israelenses, e a subsequente ofensiva israelense em Gaza, que causou 67.869 mortes palestinas, marcaram o fim de um ciclo de violência prolongado. Trump, em um discurso emocionado no Parlamento israelense, pediu aos palestinos que abandonassem o “caminho do terrorismo”, dizendo que este acordo representa não apenas o fim da guerra, mas o fim de uma era de terror e morte.




