A agressão de um carteiro a uma cachorra no momento em que entregava uma encomenda em Marília gerou repercussão nas redes sociais e boletim de ocorrência na Polícia Civil pela ONG Spaddes, que atua contra maus tratos de animais.
Depois de ver o vídeo exposto no Facebook, o carteiro registrou boletim de ocorrência informando que teve imagem denegrida, que ele apenas se defendeu do ataque da cachorra e que não houve agressão.
Segundo o diretor da ONG Spaddes, Gabriel Fernando, o vídeo chegou ao conhecimento da ONG depois de ter sido publicado em rede social e recebido vários comentários negativos sobre a atitude do carteiro. O fato aconteceu em um condomínio residencial na rua das Hortências no dia 21 pela manhã. O diretor então entrou em contato com a tutora da cachorra para saber se ela havia registrado boletim de ocorrência.
A tutora informou que não havia feito o registro e pediu auxílio para ONG. Informou que no dia dos fatos não havia ninguém na casa e que foi autorizada a entrada do carteiro através de portaria remota. Ela viu na câmera de segurança o momento em que o carteiro chuta a cabeça da cachorra quando ela se aproxima dele. A cachorra perde a consciência por algum tempo e grita de dor.
Segundo Gabriel Fernando, a violência gerou processo inflamatório na região do crânio da cachorra, conforme laudo de médico veterinário. O vídeo com as imagens da agressão e o laudo veterinário serão anexados ao boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil e o caso será apurado. Conforme o boletim, após os fatos o carteiro voltou a residência para se desculpar.
A Lei 14.064/2020 aumentou a pena para quem maltratar cães e gatos. Quem cometer esse crime será punido com 2 a 5 anos de reclusão, multa e proibição da guarda. Caso o crime resulte na morte do animal, a pena pode ser aumentada em até 1/3.