O presidente do governo da Espanha anunciou, nesta segunda-feira (29), que não pedirá demissão do cargo. Pedro Sánchez afirmou que, embora a “campanha para desacreditá-lo não pare”, tanto ele quanto a sua mulher saberão lidar com isso. Durante os últimos cinco dias, o líder espanhol esteve ausente da vida pública para refletir sobre a continuidade no cargo.
“Na quarta-feira passada, escrevi uma carta aos cidadãos e me perguntei se valia a pena. Tenho uma resposta clara: se permitirmos ataques a pessoas inocentes, então não vale a pena; se permitirmos que as mentiras substituam o debate, então não vale a pena”, disse Sánchez.
“Precisava parar e refletir. Reconheci perante aqueles que procuram me atingir que me custa viver essas situações. Agi com uma convicção clara: não se trata de uma questão ideológica”.
O primeiro-ministro espanhol disse ter recebido, durante o fim de semana, mensagens de apoio tanto no Comitê Federal do seu partido quanto de militantes nas ruas e em atos eleitorais na Catalunha. Graças a essa mobilização, decidiu continuar no cargo. “Exigir uma resistência incondicional é colocar o foco nas vítimas e não nos agressores. Essa campanha de difamação não vai parar, mas podemos enfrentá-la.
O importante é que queremos agradecer as manifestações de solidariedade recebidas de todos os lados. Graças a essa mobilização, decidi manter-me à frente da Presidência”.
Na quarta-feira, o líder do governo publicou uma carta aos espanhóis na qual anunciava que estava analisando a possibilidade de renunciar devido aos ataques – segundo ele, procedentes da direita e da extrema-direita – contra a esposa, Begoña Gómez.