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O prefeito eleito Vinicius Camarinha (PSDB) e o atual chefe do Executivo Daniel Alonso (PL) promoveram o primeiro encontro entre as equipes de transição na tarde desta sexta-feira (1º), no Gabinete da Prefeitura. Na ocasião, Vinicius solicitou que Daniel faça uma reflexão sobre a abertura de novas licitações até dezembro deste ano.

Participaram do encontro o advogado Rafael Durval Takamitsu, o servidor público municipal, Rodrigo Vasques Paganini, o vice-prefeito eleito, vereador Rogério Alexandre da Graça (Rogerinho) e a médica, Paloma Libanio Nunes – que formam a equipe de Vinicius.

A equipe de Daniel foi representada por Ramiro Bonfietti (secretário da Fazenda), Alysson Souza e Silva (advogado) e Cassinho (secretário da Administração). O chefe de Gabinete, Levi Gomes, não participou da reunião.

A imprensa pôde acompanhar a conversa entre o prefeito eleito e o atual gestor público da cidade. Vinicius Camarinha agradeceu a recepção no Gabinete e ressaltou que deseja uma cooperação republicana nesta transição.

“Nosso desejo é realizar uma transição rápida para que possamos devolver qualidade e eficácia nos serviços prestados para a população. Queremos trabalhar para melhorar a situação de vida das pessoas que mais necessitam do poder público. Precisamos que o atual governo renove este ano os convênios de programas sociais para 2025, além de garantir o funcionamento de serviços essenciais na saúde e zeladoria da cidade, e pagamento da folha salarial para janeiro”, frisou Vinicius.

Daniel e sua equipe informaram que a dívida do Município gira em torno de R$ 900 milhões, sendo que grande parte vem do Instituto de Previdência do Município de Marília (Ipremm). “O parcelamento de dívidas com o Ipremm é de 20 anos e também há débitos de precatórios e com prestadores de serviço, como Hospital Beneficente Unimar (HBU) e Unimed – mais de R$ 10 milhões”, explicou o atual prefeito.

A preocupação de Vinicius Camarinha é apontar adequações no orçamento para garantir os investimentos necessários ao longo de 2025, principalmente nas áreas da educação e saúde. Há a suspeita de que a dívida geral da Prefeitura esteja em R$ 1,5 bilhão.

“O prefeito até dia 31 de dezembro de 2024 é o Daniel, mas peço que ele reflita sobre a abertura de novas licitações, que não são consideradas essenciais no momento, para que não haja mais acúmulo de dívidas. A próxima gestão não pode herdar mais compromissos financeiros, assumidos nesses últimos meses do atual governo”, argumentou Vinicius.

As equipes decidiram ainda que promoverão reuniões nas próximas sextas-feiras até o término do ano para a conclusão da transição. Novo encontro ficou marcado para o dia 8 de novembro.

“Nossa preocupação é com a cidade e o bem-estar da população. Mais de 62 mil marilienses me escolheram para retornar como prefeito e isto mostra o desejo do povo para um governo melhor. Queremos assegurar ações dentro da saúde pública logo no primeiro ano de gestão, como mutirões de exames especiais e consultas, e contratação de mais médicos. Para isto, é necessário uma transição responsável”, concluiu Vinicius Camarinha.

Como prefeito de Marília, de 2012 a 2016, Vinicius enfrentou a maior crise financeira da história das prefeituras – ocasião do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), quando houve queda no repasse de recursos aos municípios. Mesmo assim, em quatro anos, Vinicius construiu quase 10 mil casas populares, promoveu grandes investimentos no social, saúde e educação, e deixou um superáfit nas contas públicas para o atual prefeito Daniel Alonso.

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