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Especialista da Hapvida destaca a importância de viver o luto de forma saudável e alerta para os sinais de quando é hora de buscar ajuda

Publicado em 31/10/2025 – 09:28

Novembro chega com uma pausa no ritmo do cotidiano. O Dia de Finados, celebrado em 2 de novembro, é um momento dedicado à memória de quem partiu e um convite à reflexão sobre o significado da perda, da saudade e da continuidade da vida. Em meio às lembranças e homenagens, o tema do luto desperta sentimentos profundos, muitas vezes difíceis de expressar.

Segundo o psiquiatra Gabriel Elias Corrêa de Oliveira, gerente médico nacional para Psiquiatria da Hapvida, o luto é uma reação natural diante de qualquer perda significativa e deve ser encarado com acolhimento e compreensão. “O luto é uma resposta normal do emocional das pessoas frente a perdas importantes. Ele pode surgir não apenas pela morte de alguém querido, mas também por outras rupturas que envolvem vínculo e afeto, como o fim de um relacionamento, uma mudança de cidade ou a aposentadoria”, explica o especialista.

O luto à sua maneira

Para o médico, viver o luto é um processo necessário para reorganizar a vida após a perda. Embora muitas pessoas passem por etapas conhecidas como negação, raiva, barganha, tristeza e aceitação, o psiquiatra destaca que não existe uma fórmula única para atravessar o sofrimento: “Cada pessoa tem seu tempo e sua forma de sentir. O mais importante é permitir-se viver a dor, e não tentar apagá-la”.

O luto saudável tende a se ajustar com o tempo, geralmente nos primeiros meses após a perda. Mas há situações em que o sofrimento se intensifica e se prolonga. Segundo Gabriel Elias, é nesses casos que a atenção deve ser redobrada. “Quando a dor impede a pessoa de retomar suas atividades, afeta o sono, o apetite e o convívio social, é importante procurar ajuda profissional. O luto deixa de ser natural quando passa a dominar a vida”, alerta.

Acolhimento é mais importante que consolo

O acolhimento de familiares e amigos também é essencial nesse processo. Para o psiquiatra, minimizar a dor do outro ou tentar apressar a superação não ajuda, pelo contrário: pode aumentar o sentimento de solidão. “Frases como ‘ele já estava doente’ ou ‘você precisa ser forte’ não confortam. O que realmente ajuda é estar presente, ouvir e oferecer companhia, sem julgamentos e sem pressa”, reforça o especialista da Hapvida.

Outro aspecto importante é o papel dos rituais simbólicos, como as visitas aos cemitérios, as orações e as homenagens feitas no Dia de Finados. Esses gestos, segundo o especialista, têm um papel fundamental na elaboração da perda: “Os rituais ajudam a ressignificar a dor e a manter viva a conexão emocional com quem se foi. Eles permitem que a saudade se transforme em lembrança, e que a memória ocupe um lugar de afeto, e não apenas de tristeza”, explica.

Para Gabriel Elias, falar sobre o luto é também falar sobre o valor da vida e das relações. “O luto nos lembra da importância do cuidado, da presença e da empatia. Quando aprendemos a acolher a dor, abrimos espaço para seguir adiante com mais humanidade”, afirma o psiquiatra.

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